terça-feira, 12 de abril de 2011

Teosofia: Introdução ao conhecimento supra-sensível do mundo e do destino humano (Rudolf Steiner)

Esta obra de Rudolf Steiner, como sugere seu subtítulo, consiste em uma introdução a quem deseja se aprofundar no conhecimento supra-sensível. Inicialmente, o autor faz uma explanação acerca da natureza trimembrada do homem (corpo, alma e espírito), das peculiaridades de cada uma de suas partes e da relação entre elas na formação do indivíduo ao longo da vida, ou melhor, das sucessivas vidas, visto que neste livro ele dedica um capítulo a respeito da reencarnação do espírito e do carma.
Steiner aponta que o ser humano pertence a três mundos: físico, anímico e espiritual, e que estes se revelam ao homem à medida que são desenvolvidas nele "órgãos" que lhe permitem "enxergá"-los. Por fim, o autor revela os passos iniciais ao conhecimento supra-sensível, mas isso se trata apenas de uma introdução de um assunto melhor explorado em outras obras, especificamente no livro "A Ciência Oculta"(próximo livro a ser resenhado aqui no blog).

sexta-feira, 25 de março de 2011

Zorba, o grego (Nikos Kazantzakis)

ZORBA, O GREGO! UAU!!!(Meu livro favorito)

É a história de um intenso encontro. De um lado um homem culto, um jovem que conhece muito bem os livros, que muito leu, estudou, escreveu, que age de acordo com as normas socias estabelecidas, que tem uma vida razoável e tranquila, sem riscos mas também sem aventuras, um homem que busca e nada encontra. Do outro lado um homem "inculto" que muito viveu, que muito se arriscou, que fala o que pensa, que fala com o corpo, que vive intensamente e aceita as consequências de suas inconsequências com alegria, um homem que se joga no que acredita, que defende suas ideias e que as rejeita quando ela não serve mais, um homem livre. Esses dois homens de personalidades tão incompativeis à primeira vista tem muito o que aprender um com o outro.
A jornada de Zorba, o grego, e seu patrão é muito bem narrada e possui diálogos excitantes e reflexões filosóficas provocantes.


Há quem diga que essa obra seja autobiográfica e que de fato existiu um Zorba. Se isso é verdade ou não, o que de fato importa é que esta singular obra literária existe e já despertou uma série de Zorbas mundo afora!


ps: Desde que li este livro pela primeira vez, comecei a minha missão de Zorbificar o mundo!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Passeios através da História: à luz da Antroposofia (Rudolf Lanz)

"Passear é perambular sem meta fixa nem intinerário pré-traçado. Quem sabe passear gosta de parar a fim de admirar a paisagem; aceita trilhar o sendeiro pouco usado para ver aonde este conduz; detém-se também a escutar o canto de um pássaro ou deleitar-se com um belo pôr-do-sol. Acabará conhecendo a região percorrida de maneira diferente de quem dela faz levantamento topográfico. Mas voltará para casa pensativo, enriquecido pelo que viu e convencido de existirem muitos outros passeios a fazer na mesma área ou em regiões subjacentes, só vislumbradas à distância" Rudolf Lanz (trecho do prefácio do livro: Passeios através da história à luz da Antroposofia)

Senti-me impelida a transcrever aqui um trecho do prefácio do referido livro, visto que ele define bem o objetivo do autor, que não tem a finalidade de descrever fatos históricos mas de interpretar alguns dos fatos históricos a partir de uma cosmovisão, levando em consideração a relação entre os fatos, a época e o local onde ocorreram e o nível de consciência em que se encontrava a humanidade em determinado momento da história.O autor faz ainda uma interessante analogia entre o desenvolvimento da humanidade e o desenvolvimento de cada ser humano individualmente.
Trata-se de uma deliciosa viagem que começa há muito tempo atrás desde o início da vida do homem na Terra, passando por diversas civilizações que tiveram papel crucial no estabelecimento da sociedade como ela é hoje, e é possível compreender certos costumes e fatos passados de forma mais imparcial, isenta de julgamento de valor ou quaisquer preconceitos.
Ao ler este livro senti um profundo pesar por tudo que já foi feito de contrário à ordem universal e ao impulso crístico e que muito contribuiu para que o planeta se encontrasse como hoje está, mas também senti gratidão por todos que vieram antes de mim e tentaram fazer o melhor de si para cumprir sua missão de contribuir para a harmonia do Universo e a perfeita integração entre todos os seres. Em função disso, despertei para um papel de suma importância: fazer a minha parte e agir com consciência, amor e inteligência e de fato tentar fazer do meu mundo um mundo mais justo e feliz!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Noções Básicas de Antroposofia (Rudolf Lanz)

Este livro consiste numa espécie de introdução a alguns dos conceitos norteadores da Antroposofia. Mas o que vem a ser ANTROPOSOFIA? Etimologicamente significa "o conhecimento do homem", poderia ser definida como uma forma ampliada de compreender a natureza do ser humano e do universo, do Cosmo, mas com seu ponto de apoio no homem. A Ciência Antroposófica, assim definida pelo autor Rudolf Lanz, procede pela observação, descrição e interpretação dos fatos e, além disso, indica o caminho cognitivo a ser seguido para a compreensão deles.
Neste livro, ele busca fazer uma síntese da evolução do homem desde a sua criação ao longo das diferentes fases do universo e ainda faz um paralelo entre a evolução do homem na Terra e o desenvolvimento da criança nas diversas fases e com suas novas aquisições. Ele descreve ainda as similaridades e peculiaridades do "reino humano" em relação aos demais reinos (animal, vegetal e mineral).
Em determinado momento, aponta o caminho evolutivo pelo qual está passando o ser humano e defende a presença de seres espirituais evolutivamente superiores ao homem na sua jornada aqui na Terra, sem comentar a fantástica descrição da ação de seres que contrariavam a ordem universo, fato descrito por diversas tradições religiosas que não souberam avaliar de forma ampla a influência desses seres (anjos caídos, demônios), denominados luciféricos e arimânicos, que são rotulados simplesmente de "maus" desconsiderando sua influência determinante no despertar do intelecto e na liberdade de ação do homem. Um ponto interessante é que o autor defende que todos somos capazes de entrar em contato com esse mundo espiritual em plena consciência como o fez Rudolf Steiner (o criador da antroposofia), desenvolvendo "órgãos" de percepção que se encontram adormecidos.
A forma como ele defende a existência da vida após a morte e as nossas inúmeras vidas além de sua definição de carma são fascinantes, visto que aponta argumentos bem diferentes dos que as religiões fazem uso.
É uma leitura que nos instiga a estudar mais e nos possibilita enxergar o mundo e a nós mesmos sobre outro prisma.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Alimentação desintoxicante

A química Conceição Trucom ao falar dos motivos que a levaram a pesquisar e escrever acerca de hábitos alimentares saudáveis e qualidade de vida aponta que não foi em função de nenhuma doença ou dor física, mas sim pela dor espiritual, pela ansiedade de compreender a sua existência e o seu papel no mundo...
Pois é...o livro Alimentação desintoxicante é muito mais do que um livro sobre como comer melhor, fala da alimentação como um meio de tornar o corpo mais leve e facilitar a evolução espiritual, além de orientar hábitos e atitudes que podem auxiliar na nossa jornada particular.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Estrada (McCarthy)





Um mundo sem vida...um sobrevivente e seu filho seguem pela estrada em busca de algo que eles nem sabem se existe ou não...ao longo dessa estrada alguns outros sobreviventes, mas numa situação onde a sobrevivência fala mais alto, não há lugar para a solidariedade... o medo, o egoísmo e o instinto animalesco tomam conta da maioria dos poucos seres humanos que restam.
Lendo esta narrativa de um mundo pós-apocalíptico minuciosamente detalhada, experimentei vários sentimentos desde os mais melancólicos até os mais bonitos.
Mesmo com toda essa realidade sombria, é possível encontrar numa criança nascida nesse mundo caótico características aparentemente extintas em tempos obscuros: a capacidade de amar, de sentir compaixão e gratidão e de ter esperança.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Persépolis

Recomendo a todos essa obra da iraniana Marjane Satrapi... Ela conta a sua história de vida que sempre esteve atrelada às questões políticas e religiosas de seu país, numa viagem interessante por uma cultura que o ocidente desconhece.

Talvez por esse desconhecimento, a cultura do Irã seja alvo de julgamento de valor baseado na visão limitada dos que ignoram o contexto histórico pelo qual passou o país e ainda a influência maligna dos EUA que foi determinante na disseminação do fanatismo religioso que permeia aquela região.

Além desse conteúdo político, é uma obra carregada de emoção e beleza.






ps: Adoro a forma como ela desenha =)